Primeiro Dia na Escolinha – Hoje está sendo o primeiro dia do Rafa na escolinha (semana de adaptação).
Achei importante que ele passasse algumas horas em contato com outras crianças, que tivesse estímulos diferentes dos que eu consigo proporcionar e que isso acontecesse antes da chegada da irmã.
A Isabella deve nascer final de novembro / início de dezembro e não gostaria que ele associasse a ida à escola, com o nascimento da irmã.
Quem não tem filhos talvez não entenda e ache um exagero.
Mas acho que li sobre todas e visitei quase todas as escolinhas da cidade que moro até eleger uma.
O processo de escolha foi muito difícil porque sempre tinha algo que me incomodava até que escolhi uma que “cumpria” a maioria, dos requisitos da minha lista (infelizmente não todos ?), e resolvi dar uma chance.
Uma chance para eles mostrarem o trabalho deles, uma chance para o Rafa dar alguns passos longe da mamãe super protetora e uma chance para mim, de aprender a controlar os meus próprios medos e anseios e deixar o meu filho dar os primeiros passos sozinho.
Sei que criamos os filhos para o mundo, mas saber disso, não implica que não vamos sofrer ao deixar que deem os primeiros passos longe dos nossos olhares de mães leoas. Foram 9 meses na barriga, mais todos os meses de cuidados após o nascimento.
Para os pequenos também é bastante mudança. Eles saem de um ambiente até então familiar para um espaço com outros adultos, crianças e uma rotina diferente.
Já é a segunda vez que passo por isso; com o meu filho mais velho foi a mesma coisa, porém em uma outra realidade, outra cidade e eu também era uma outra pessoa.
Me recordo bem como fiquei com o coração apertado no primeiro dia na escolinha e a vontade de chorar ao deixa-lo lá, mesmo que fossem por 2 horas na semana de adaptação.
Lembro de algumas dicas que na época mães mais experientes me deram e aproveito para compartilhar aqui com vocês.
O Primeiro Dia na Escolinha – 8 Dicas para Passar por esta Fase
1) Vá preparando a criança gradativamente
Converse com seu filho sobre como será o primeiro dia na escolinha, o dia que ele passará lá, o que ele fará, os amigos, as professoras e como será sua nova rotina. Não tente fazer surpresa ou esconder dele, isso só vai gerar angústia e ansiedade.
Nessa escola do Rafa, eles têm uma prática que eu achei muito legal. Alguns dias antes de o Rafa iniciar, eu o levei na escola para que ele explorasse o espaço.
Mostrei a área, o levei até a classe e no início fiquei perto. Logo ele se soltou e foi brincar.
Foi quando me afastei um pouco e fiquei observando sem que ele me visse. Ele ficou lá por 1 hora sem notar a minha ausência, quando começou a chorar e a me procurar.
No caminho de volta da escola até em casa, conversamos sobre como tinha sido e sobre a sua nova rotina.
2) Não deixe que ele te veja chorar
Essa é uma orientação das pedagogas da escola. Mostre para o seu filho tranquilidade e segurança ao invés de se debulhar em lágrimas na frente dele.
Vou dizer por experiência própria que não é fácil, principalmente quando eles choram, mas já percebi também que muitas vezes eles estão querendo ver também a nossa reação.
Eu confesso que com o Gabriel, meu primeiro filho, chorei várias vezes, mas sempre depois que cruzei o portão da escola… ?.
3) Não volte para se despedir
Se você sentir necessidade de vê-lo antes de ir, não deixe que ele te veja. Se isso acontecer ele vai querer ir embora com você e só vai confundir ainda mais a cabecinha dele.
Mas vou adiantar que não é fácil. Dá vontade de voltar mil vezes até ter certeza que ele está bem e feliz.
4) É um erro sair de “fininho” sem se despedir
É um grande erro entregar o seu filho nas mãos das educadoras, dar as costas e ir embora.
Fale com ele, dê um beijo e avise que você voltará em pouco tempo para pegá-lo. Mostre serenidade e não minta.
5) Evite alongar a despedida
Esse é um conselho que também algumas educadoras me deram. Não é recomendado alongar muito a despedida, consolando a criança várias vezes.
As professoras são preparadas para confortar a criança nesses momentos e a sugestão é uma despedida carinhosa, mas sem alongar muito.
6) Organize-se para fazer a adaptação
É muita novidade para os pais e para a criança, por isso existe a adaptação.
Organize essa primeira semana no trabalho para que você possa fazer a adaptação do seu filho na nova rotina.
Esteja disponível caso você precise busca-lo um pouco mais cedo. Fale com a diretora e as educadoras sobre suas dúvidas e como você e elas podem trabalhar juntas para que esse processo seja o mais tranquilo possível.
A diretora da escola que o Rafa vai, me ligou algumas semanas antes do início das aulas justamente para saber sobre a rotina dele e esclarecer estes pontos. Algumas escolas fazem uma entrevista com os pais.
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7) Envolva a criança no processo
Quando comecei a visitar as escolinhas, eu não tinha com quem deixar o Rafa e fomos juntos em todas!
Algumas visitas foram meio tumultuadas porque ele queria sair mexendo e explorando tudo, mas foi muito bom também ver a reação dele e como eu me senti na escola.
Envolver a criança na compra do material escolar, da mochila e dos itens a serem utilizados na escola também é muito legal para deixá-los animados.
8) Tente aproximar a rotina de casa com a da escola
Isso foi algo bem pessoal, algo que eu fiz sem orientação de ninguém e que funcionou bem na minha casa.
Tanto com o Gabriel, quanto com o Rafa, uma vez que decidi a escola pedi a agenda de como seria o dia deles.
Normalmente as escolas mais tradicionais já possuem horários pré-determinados para atividades, refeições e para as sonecas.
Para a soneca, em casa, aos poucos fui tentando seguir os horários da escola. Nada muito rigoroso, bem tranquilo fui tentando adaptar a rotina.
Com o Gabriel pelo menos, quando ele entrou na escola, esse processo acabou sendo bem tranquilo. Ele não teve problemas para comer, nem para dormir na escola.
Não sinta culpa por não poder ficar 24hs com seu filho. Nós também passamos por isso quando éramos crianças e não ficamos traumatizadas.
Pense que será bom ficar em contato com outras crianças da mesma idade e depois de um tempo, quando você perceber que ele está feliz na escola, tudo se ajeita e fica mais tranquilo; inclusive o seu coração! ?
Nos primeiros dias, você também pode manter contato com a escola para saber como a criança está indo. Eu mesma, no primeiro dia, falei com a diretora 2 vezes em um período de 3 horas para saber se deveria ir busca-lo… ???
E para encerrar, uma dica que ninguém me deu, mas que eu sempre tive para mim.
Siga o seu coração.
Nós mães temos sim uma sensibilidade muito grande em relação a tudo que envolve os nossos filhos e se você tomou uma decisão e depois percebeu que na verdade não era o melhor para o seu filho, não há problema nenhum em mudar.
O primeiro dia na escolinha para o filho de uma amiga não foi como ela esperava. Nos dois primeiros dias de aula ela chegou à conclusão de que aquela não era a escola para o seu filho.
Ele tinha menos de três anos e a escola queria impor um teste de nível logo no primeiro dia, sem que a mãe estivesse presente na sala.
Ela comentou da falta de flexibilidade e sensibilidade na condução do processo.
Não estamos aqui para avaliar as razões dela ou o método da escola.
O ponto é que a forma como a escola estava conduzindo o processo, a inflexibilidade e a idade do filho, foram determinantes para que ela percebesse que aquilo não era o que ela queria para o filho.
Uma outra amiga, mudou a filha de escola no primeiro mês, porque a escola que ela havia escolhido tinha um programa mais estruturado, com horários pré-determinados e ela entendia que a filha por ser ainda muito pequena, não deveria ser obrigada a seguir uma rotina fixa.
Ela então decidiu buscar uma escola com uma rotina mais flexível.
Pensar no que você espera da escola antes de tomar a decisão, se você quer algo mais estruturado ou menos, com rotina ou sem, uma escola grande ou pequena, questões de segurança, de alimentação, se há um método ou não, são alguns fatores que te ajudarão a tomar uma decisão mais consciente e a ficar mais tranquila também.
Como está sendo ou foi esse processo aí na sua casa? Você tem alguma dica para o primeiro dia na escolinha, que eu não falei?? Aproveite para compartilhar esse post com as amigas que estão na mesma fase!
Primeiro Dia na Escolinha – Reflexão / Desabafo de uma MÃE que começou a sofrer 1 mês antes… EU!
Aproveito para compartilhar uma reflexão que fiz no Instagram (@Ficofoca), exatamente 1 mês antes de o Rafa iniciar na escolinha. Nem acredito que o primeiro dia na escolinha, já chegou!
Em 1 mês mais ou menos será o primeiro dia na escolinha e isso é algo que apesar de ser normal, afinal é parte da vida e todos nós passamos, tem me gerado muita ansiedade.
Já passei pelo tão temido “primeiro dia na escolinha” com o meu filho mais velho e não foi um processo simples.
Por que com o segundo seria diferente? Será que é a hora certa? Será que é a escola ideal para ele? Será que ele vai chorar? E se ele não gostar da comida? E se ele não ficar bem? Será que ele vai sentir muito a minha falta? Enfim, uma série de indagações que acho que independente se seu filho tem 4 meses ou 5 anos, você acaba se fazendo.
É difícil carregar na barriga por tantos meses, passar dias e horas dedicadas e depois desapegar, deixar andar com as próprias pernas.
Ter que se adequar ao espaço e regras de um novo ambiente, permitir que seja cuidado por outras pessoas e que você não estará lá acompanhando e a postos caso ele precise de você, é um desafio e tanto!
A criança tem suas fases e processos de amadurecimento e evolução e nós mães e pais também.
Essa ansiedade e tudo o que está por trás dela, pertence a mim e é meu momento de respirar fundo e permitir que ele dê esse primeiro passo sem mim.
O que me chamou a atenção nessa escolinha que o Rafa vai, não é a quantidade de idiomas que eles ensinam, a tecnologia avançada que eles disponibilizam ou os métodos cognitivos mais avançados que eles seguem.
Eles me ganharam pelo lado humano e social que acho que é o que está faltando nos dias de hoje.
O método de aprendizado deles é a brincadeira; aprender conceitos e desenvolver competências através da exploração, da experimentação, do toque, das emoções.
E hoje, eles me pegaram pela mão.
Recebi uma ligação da diretora só para saber mais sobre a rotina diária do meu filho e como eles podem ajudar para que ele tenha uma adaptação tranquila e que seu primeiro dia na escolinha seja o mais tranquilo possível. Ufa! Posso respirar, eles são humanos mesmo! Hahaha…
A cada dia que passa me esforço mais para encarar a parentalidade como algo sem receita pronta, sem o rigor de regras impostas ou teorias da moda, mas pelo que dita o meu coração, pelo que funciona para mim, na minha casa.
Não acredito que exista uma fórmula, existe sim respeito e responsabilidade, autonomia e amor.
O resto é seguir a corrente da vida esperando pelo melhor e tentando lidar com as nossas próprias ansiedades e frustrações, para que nossos filhos possam lidar com as deles.
Leia também:
- Quem Sou Eu? Por Rafaella Lopes
- Arte para Crianças e Adultos – Como tirar o máximo proveito?
- Reflexão sobre Maternidade – Dê Ouvidos à Voz do seu Coração
E vamos em frente, com o coração apertado, mas seguindo…
Beijos,
Lú
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