2019 para mim foi um ano de repensar e mais do que isso, de questionar muita coisa.
Como mães, tudo o que a gente mais deseja é ver os nossos filhos bem, com saúde, em segurança, se desenvolvendo e aproveitando a vida.
Não importa a idade que eles tenham, se você perguntar para qualquer mãe, queremos é vê-los felizes, vivendo a vida que desejam e realizando os seus sonhos.
Até aí, tudo bem.
A parte que me deixa confusa, é de nos colocarmos muitas vezes em um lugar de abdicação total da vida, da carreira, dos gostos, das emoções, em prol dessa felicidade que a gente tanto deseja para os nossos filhos.
Como se deixando de lado os cuidados com a nossa própria saúde, o nosso próprio desenvolvimento e até a nossa própria felicidade fará com que as crianças fiquem bem e felizes.
Meio contraditório não? Para mim não faz muito sentido.
Crianças aprendem quando são ensinadas, aprendem brincando e aprendem muito, observando.
Depois, chega uma hora que começam a fazer suas próprias conexões e aplicar isso nas brincadeiras e na vida.
Converso com mães quase diariamente e sempre que alguma vem me contar que está tendo crises de ansiedade, sugiro que observem quem elas estão se forçando a ser e as convido a observar se esse modelo de “boa mãe”, “boa mulher”, “boa esposa”…
… é uma herança ou algo que elas escolheram conscientemente viver.
Em todos os casos até agora, a resposta é a primeira opção. E aí, vem o momento que muita gente evita, escolher dar um basta em modelos que não servem para quem se quer ser e viver a vida que de fato se deseja viver.
Você tem direito a querer mais, a sonhar e a buscar o que te faz bem, mesmo após a maternidade, mesmo após uma grande transformação na sua vida.
Com carinho,
Lú