Olá!! Há alguns dias me deparei com o termo “multipotencialidade” e foi como se eu tivesse vivido anos com as lentes dos meus óculos embaçadas e de repente voltasse a enxergar.

Quem leu o último post que falei sobre carreira – Eu não sei o que fazer com a minha vida!!, viu que a minha carreira pode ser tudo, menos linear.

Já dei aulas, já fui empresária, já trabalhei com recursos humanos, facilitei treinamentos, já fui gerente de banco, vendedora de roupas e até de produtos de beleza. Sem falar nas graduações e cursos dos mais variados.

Por mais desconexas que aparentemente todas essas funções pareçam, sempre desempenhei todas elas com muita dedicação. Fui promovida em todos os empregos, cheguei a liderar times e a fazer palestras. Multipotencialidade não significa fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas se refere à característica de uma pessoa em ter habilidades em diversas áreas, em detrimento de uma área específica.

Sempre tive muita dificuldade em focar em uma coisa só e por isso sofri durante anos por estar sempre começando algo novo, sempre tendo que me reinventar. Sempre admirei as pessoas que tem claro o que querem da vida!

Nunca soube bem como definir essa minha “dificuldade”, mas sabia que diferente do que muitos tentaram rotular, isso não é falta de foco ou indecisão, e agora descobri, ISSO É MULTIPOTENCIALIDADE!!! ?  

Segundo o Wikipédia, multipotencial ou multipotencialidade refere-se ao indivíduo cujos interesses ocupam vários campos ou áreas, em vez de serem focados em apenas um.

Multipotencial é a pessoa que possui várias paixões ao mesmo tempo e multipotencialidade é o termo que define esse indivíduo.

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E por que trazer esse tema aqui?

Resolvi abordar esse tema porque aqui no blog falamos de assuntos relacionados à família e ao empoderamento feminino; e o autoconhecimento é algo muito importante para ambos aspectos.

É muito difícil se sentir forte e empoderada se você não se conhece, não sabe o que te motiva e o que te põe para baixo…

Multipotencialidade: uma reflexão sobre a criação de nossos filhos…

Multipotencialidade se estende também para os nossos filhos e a forma como preparamos para a vida real. 

Quem nunca ouviu aquela pergunta: “O que você quer ser quando crescer”? Quem já assistiu um diálogo como o que está abaixo?

O adulto: Mariana, o que você quer ser quando crescer?

A criança: Humm… quero ser médica, professora e cantora.

O adulto: nossa, não dá para ser tudo isso, você precisa escolher uma coisa. Para fazer bem, você precisa decidir uma coisa só para seguir.

Por mais que tenhamos ouvido frases parecidas com esta em nossa infância e adolescência, e por mais que pareça algo sem muita importância, o ponto de reflexão é o reforço que nos é transmitido desde a infância.

“O que você quer SER quando crescer” implica que o SER algo é o que vai nos definir no futuro. E se você não É algo ou não acha um rótulo, entra em conflito. 

Um dos grandes desafios de educar as gerações atuais é ensinar valores para que nossos filhos saiam para o mundo preparados para serem o que e quem quiserem ser. 

Para que não sejam adultos frustrados buscando se enquadrar, como se simplesmente pelo fato de estarem ali naquela bolha com uma classificação no topo, os fará melhores do que outros, separados dos médios ou ruins.

Os estereótipos…

Tem um livro de Stuart Hall que fala sobre estereótipos – ‘Representation: Cultural Representations and Signifying Pratices’. Não sei se tem esse livro em português, mas lá ele fala que desde que nascemos recebemos uma “maleta” de estereótipos.

Ele diz que nós usamos certos traços para definir uma pessoa… pai, mãe, mulher de negócios, divorciado… mas ao mesmo tempo que isso nos classifica por similaridade, também engessa, reduzindo a pessoa àquelas características.

Segundo ele, o estereótipo diz: “Isso é o que você é, e tudo que você é”. Ao mesmo tempo que inclui pessoas em uma determinada característica, exclui outras que não se enquadram nos estereótipos pré-definidos pela sociedade.

As gerações atuais e as próximas gerações estão cada vez mais propensas a questionarem e lutarem contra esses estereótipos. Eles querem experimentar caminhos diferentes e está tudo bem com isso.

Isso não é falta de foco ou indecisão, ao contrário! Isso é uma habilidade de fazer muitas coisas diferentes de forma bem-feita, unindo gostos e paixões.   

Não há nada de errado também em ser um especialista, em ter uma especialização em uma área específica. O que é esperado hoje em dia é estudar, trabalhar e seguir uma profissão. Infelizmente, a pessoa multipotencial é vista com um ar de instabilidade. Mas por que gostar de muitas coisas é errado?

A sociedade atual está estruturada em valores que vem lá da Revolução Industrial onde as pessoas passaram a se especializar para que os produtos fossem produzidos e distribuídos em larga escala. Modelo que ficou em nossa sociedade e que não nos permite enxergar outras formas de encarar o processo produtivo.

No período Renascentista, era comum estudar várias disciplinas. A multipotencialidade era bem vista e até estimulada. Um exemplo disso foi Leonardo Da Vinci um grande exemplo de pessoa multipotencial. Ele foi pintor, poeta, físico, arquiteto, engenheiro, escultor, inventor, entre outras coisas.

O que fazer se você se descobriu assim como eu, multipotencial?

O ideal é descobrir um fio da meada em que você consiga reunir grande parte de suas paixões. Quais são as profissões que você pensou em exercer? Quais foram os cursos que você fez?

O que você gosta de ler?

Eu já escrevi um post aqui no blog com dicas para você descobrir a sua paixão – Trabalhe com o que Ama!! Ler…

Eu quando era criança queria ser professora. E mais tarde, pensei em cursar jornalismo porque adorava escrever, mas o que estava por trás disso, é a minha paixão por ajudar outras pessoas escrevendo, transmitindo conhecimento e trocando experiências por meio de palavras escritas ou faladas.

Hoje escrevo, crio receitas saudáveis, gosto de design, de moda, de desenvolvimento pessoal e tudo bem. Tudo o que eu já vivi até hoje, coloco nos meus textos e nas minhas interações e no final, quando analiso vejo que as minhas paixões podem sim estar reunidas em uma atividade profissional.

Se todo escritor só puder escrever, ele vai balizar suas experiências e background com outros escritores. Agora, se além de escrever ele puder aliar outras paixões, hobbies e experiências, não será um escritor como os demais.

Tudo bem que em determinados momentos, é preciso fazer uma escolha, como por exemplo um curso da faculdade, mas isso não implica em abandonar outras paixões.

Conclusão

É importante encorajarmos os nossos filhos a serem eles mesmos e dar o exemplo é o nosso maior ensinamento nos permitindo ser quem verdadeiramente somos, multipotenciais ou especialistas, não importa.

Com mais de 7 anos de vivência na área de recursos humanos, percebo que o mercado de trabalho ainda não está preparado para absorver profissionais multipotenciais de forma que atinjam todo o seu potencial, o que é uma pena, já que os problemas estão cada vez mais complexos e multidisciplinares.

Descobrir sobre multipotencialidade e que isso não tem a ver com ser uma pessoa sem foco ou indecisa, me trouxe muita paz.

Não existe certo ou errado nesse aspecto, descobrir quem você é de verdade é uma jornada pessoal e ser você mesmo, seguir suas paixões e curiosidades, é o maior legado que você pode deixar para o mundo.

Imagino que se você se identificou com o tema esteja querendo saber mais sobre o assunto. Para começar, eu recomendo um TED fantástico da Emilie Wapnick —> assistir e um texto da Revista Exame – Multipotenciais: O Futuro está de Olho em Vocês!

Boa leitura!

Com carinho,

Lú

Leia também:

• Reflexão Sobre Maternidade: Dê Ouvidos à Voz do Seu Coração
• Trabalhar em Casa com Empreendedorismo Digital

Oie!! Decidi escrever esse texto para as muitas mulheres que por algum motivo se enxergam sem saída no aspecto profissional e isso tem sido motivo de angústia. Uma reflexão sobre reinvenção onde eu conto um pouco da minha carreira nada tradicional e no final, compartilho algumas dicas para auxiliar nessa jornada.

Já existem alguns textos aqui no blog relacionados a este assunto, vou deixar os links durante o artigo para quem tiver interesse em ler mais a respeito… 

Boa leitura!!

Com carinho,

Lú

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Sabe aquelas pessoas que sempre souberam que carreira seguiriam? Que cursaram uma faculdade, entraram em uma empresa e seguiram uma carreira? Então, esse não é e nunca foi o meu caso.

Quando criança, eu sempre achei que seguiria a carreira de professora. Pelo menos nas brincadeiras, era sempre eu que estava lá “ensinando” as outras crianças. No ensino médio, cheguei a cursar 1 ano de Magistério, mas logo percebi que aquilo não era para mim.

Voltei para o curso regular e passei os últimos anos achando que seria jornalista. Adorava escrever e imaginava conhecer o mundo fazendo matérias e compartilhando experiências com outras pessoas.

Na Faculdade…

Prestei vestibular em uma das faculdades mais concorridas para Jornalismo e acabei não entrando, mas depois de uma conversa com a minha mãe, resolvi cursar Turismo; afinal, na época era uma profissão em ascenção no Brasil!

Eu adorava viajar, por que não?! Resolvi tentar…

Passei os 4 anos do curso sem saber direito que carreira seguiria dentro do Turismo. Fiz estágio em uma operadora de viagens, trabalhei com eventos e resolvi me juntar ao meu irmão para empreender.

Experiência Empreendedora

Sim, me tornei empreendedora aos 22 anos. Montamos uma operadora de ecoturismo, que começou com caminhadas ecológicas e expandiu para fazer programas e eventos de integração para empresas. Team building, programas de incentivo, eventos…

Foram 5 anos trabalhando de domingo a domingo, tentando fazer o negócio crescer e quem sabe, me descobrir profissionalmente ao mesmo tempo. Trabalhamos duro, até que não deu mais…

Eu não estava feliz, ninguém estava… e aí veio a pergunta:

O que vou fazer da minha vida???

Hoje, olhando para traz, parece que na época tudo era mais simples e que eu tinha um mundo de opções.

Decidi então trabalhar com desenvolvimento de pessoas e seguir uma carreira corporativa.

A Carreira Corporativa

Para migrar do empreendedorismo para uma carreira corporativa, tive que voltar para a faculdade. Turismo não era “bem visto” pelas organizações; eles pediam cursos mais gerais.

E lá fui eu! Cursava Administração de Empresas à noite e durante o dia, trabalhava na área de Treinamento e depois em Desenvolvimento Organizacional. Eu amava!

As empresas na época também não viam com bons olhos o fato de uma ex-empreendedora migrando para uma carreira corporativa. Eram muitas perguntas que me faziam nas entrevistas, com receio que eu pudesse ser um problema ao invés de uma solução.

Coisas relacionadas ao quanto as empresas são burocráticas, que as coisas andam mais devagar, é necessário ter um milhão de aprovações antes de qualquer mudança, etc, etc…

Cheguei a ouvir de uma recrutadora de um grande banco que eu era muito criativa para trabalhar em banco e que não daria certo!

Contando assim de forma resumida, parece simples, mas os 5 anos empreendendo me custaram um pedágio alto quando decidi seguir carreira no mundo corporativo. Ainda assim, não me arrependo!

Além de fazer outra faculdade, tive que começar por funções que pessoas que estavam começando a carreira entravam. O salário era bem baixo, principalmente pelo que eu trazia, uma boa bagagem profissional, 2 graduações e 1 pós-graduação.

Eu sabia da minha experiência que era riquíssima e tudo o que eu poderia contribuir, mas as empresas não viam desta forma. Me deram uma chance, mas tinha que ser assim, pagando o pedágio.

O que faria muitas pessoas desistirem e voltarem para onde estavam, nem se moverem, ou deixarem o orgulho falar mais alto, para mim foi somente alguns degraus para trás para poder avançar lá na frente. Trabalhei muito, estudei, não tive medo…

… me reinventei e lá estava eu depois de alguns meses, super engajada, escrevendo para o jornal interno de uma das maiores empresas de varejo do Brasil, facilitando treinamentos e boas discussões entre os colaboradores, desenvolvendo conteúdo, criando programas motivacionais, apoiando as mudanças organizacionais e em pouco menos de 3 anos, liderando um time de 8 pessoas.

Até que veio mais uma mudança, e agora, uma mudança física.

A Mudança de País

Eu estava para me casar e meu marido, na época noivo, seria transferido para os Estados Unidos. Conversamos muito sobre isso antes da decisão. Ele já era meu companheiro há anos, tínhamos uma relação de muita cumplicidade e ele sempre muito parceiro e preocupado em pensar alternativas para que eu também pudesse me desenvolver.

Optamos por encarar o desafio juntos! Ele na mesma empresa, mas com uma nova função e eu… bem, eu, tive que me reinventar mais uma vez!

Não vou entrar aqui nos detalhes de quanto uma mudança de país, outra cultura e outra língua nos faz sair completamente da zona de conforto, para não fugir do tema…

Em resumo, mudando para Miami, headquarter de várias empresas com negócios na América Latina, eu achava que seria bem possível que eu conseguisse dar sequência à minha carreira, mesmo que tivesse que começar do zero; isso não era um problema. Doce ilusão!

Foi 1 ano de procura, ouvindo repostas do tipo… “você é muito qualificada para esta função”, ou seja, nem o pedágio que eu paguei no Brasil eles estavam me deixando pagar por aqui.

Por várias vezes me vi em desespero e a tal pergunta… O que vou fazer da minha vida?? estava de volta!

Foi quando surgiu a oportunidade de uma vaga terceirizada para trabalhar em um banco no departamento de abertura de contas. Abracei a oportunidade feliz; sentia muita falta de me sentir útil e produtiva.

A minha função era ficar sentada em uma cadeira, com uma pilha de pastas que chegavam a cobrir a minha cabeça, conferindo documentos e formulários. Logo nas primeiras semanas, a tristeza tomou conta de mim.

Eu que estava acostumada a desenvolver projetos desafiadores, seja empreendendo ou em corporações, que estava o tempo inteiro em contato com pessoas, trabalhando com elas pelo seu desenvolvimento, me vi passando 8 horas sentada, de frente para uma parede branca, fazendo uma atividade repetitiva.

Nada contra quem faça isso. Eu aceitei e fiquei muito feliz na hora, mas em pouco tempo me vi definhando ali. Oportunidades foram surgindo dentro do mesmo banco e passei de temporária a assistente efetiva, até me tornar banqueira júnior.

Puxa! Agora sim, tudo estava bem. Não, não estava. Eu adorava interagir com os clientes e auxiliá-los em suas necessidades, mas aquela não era eu.

Tinha uma coisa dentro de mim que não me deixava. Eu não me sentia realizada, não via propósito no que eu fazia.

O caminho natural já que agora eu tinha me tornado uma banqueira júnior, seria estudar, me aperfeiçoar e seguir na carreira para que eu pudesse crescer e ganhar muito dinheiro. Mas como eu disse anteriormente, faltava o propósito.

E para mim, propósito é algo que está lá dentro. Às vezes, embaixo de um monte de camadas que você só precisa deixar emergir. Eu me sentia muito triste e angustiada.

Eu queria ficar feliz, mas tinha uma coisa dentro de mim que sabia que eu podia fazer mais, contribuir com outras pessoas e eu achava que a área de Recursos Humanos me daria essa oportunidade.

Em precisava me sentir útil para outras pessoas e aquela coisa dentro de mim me levou à mais uma mudança…

Chegando Mais Perto do Meu Propósito… Será??

E foi neste momento que eu recebi uma proposta de um banco americano para trabalhar com projetos dando suporte para a área de Recursos Humanos. Era uma função de entrada, com um salário de iniciante, mas aquilo para mim foi como ganhar na loteria!!

Era a minha chance, o momento que eu poderia aos poucos voltar a fazer o que eu mais gostava, que era criar ferramentas para apoiar as pessoas a serem mais produtivas e realmente fazerem a diferença na vida profissional e por consequência pessoal.

Sempre enxerguei as organizações como organismos vivos, formados por pessoas e que estas pessoas são o que fazem com que esse “organismo” cresça e se desenvolva.

Mas, logo nos primeiros meses, um problema operacional muito sério fez com que mudasse complemente o escopo não só da minha função, como de todas as demais. E de projetos eu passei a produzir somente relatórios e planilhas para auditoria.

Esse passou a ser o foco e 3 anos se passaram sem que o problema fosse solucionado. Os relatórios estavam cada vez mais frequentes e complexos, mas…

nunca deixei de acreditar, continuei estudando, fiz algumas especializações mais estratégicas na área em que eu queria atuar e não me limitei à produção de relatórios, já que aquela vozinha interna continuava a me dizer “você pode mais”, “você pode ajudar a mais pessoas”…

Na medida do possível e da abertura que eu tinha, consegui implementar alguns projetos e sugerir outros que não foram para frente.

A Maternidade

Maternidade daria um post exclusivo. Foram diversas situações que vivi e que impactaram em todo esse processo de busca e descoberta de uma nova carreira, mas para resumir…

Quando me tornei mãe pela primeira vez fui gradativamente passando por um processo de transformação.

Eu continuava com uma necessidade de me desenvolver profissionalmente, de ter uma carreira e agregar valor à vida de outras pessoas, mas a minha energia estava voltada para aquele ser tão pequeno e tão frágil que eu amava tanto.

As minhas prioridades haviam mudado. Eu larguei o trabalho em que estava na época e fiquei com meu filho por 10 meses até voltar ao trabalho e quando voltei, queria aproveitar todos os minutos com ele.

Se tinha que fazer hora extra, preferia trazer o trabalho para casa e fazer na madrugada depois que ele dormisse (já que era uma opção na empresa que eu trabalhava). E assim foram várias madrugadas trabalhando…

Quando dava o horário de buscá-lo na escola e eu estava no trabalho, meu corpo inteiro se transformava, parece que até a temperatura do meu corpo mudava tamanho era o anseio de encontra-lo e ficar com ele. E já que eu podia terminar de casa, não era problema correr para apanhá-lo na escola.

Quando nasceu o meu segundo filho, muita coisa tinha mudado. Eu estava passando o momento mais difícil da minha vida e enfrentando uma depressão. Foi aí que veio mais uma mudança física, a mudança para a Virgínia.

O que vou fazer da minha vida??? Mais uma mudança? Mais um recomeço??

Não tive outra alternativa, se não me reinventar mais uma vez…

Uma cidade nova, um bebê para cuidar e uma depressão que não podia me derrubar. A tal da vozinha interna me perturbando e me impulsionando.

Dessa vez eu queria fazer diferente, não estava preparada para deixar o meu bebê ou colocá-lo na escola tão pequeno. Decidi fazer buscas de trabalhos que eu pudesse fazer de casa, pensando em algo que eu pudesse fazer nos horários da soneca dele, ou à noite quando ele dormisse.

Aquilo estava me gerando uma tremenda angústia. Quanto mais eu pesquisava, mais me via sem opções.

Eu não queria somente tapar um buraco mais uma vez. Queria usar o meu tempo, o meu conhecimento e a minha energia em algo que tivesse um significado e que finalmente pudesse dar ouvidos à aquela voz interna que me perseguia há anos.

Era a oportunidade, eu precisava me reinventar para que acontecesse uma mudança real na minha carreira e na minha vida.

Conversei com o meu marido, que me deu muito suporte e resolvi meter as caras!

Começando um Blog

Resolvi criar um blog que é uma parte de um projeto maior e cheio de significado que está todo desenhado na minha cabeça.

Decidi criar o blog eu mesma. Não contratei ninguém; resolvi fazer um curso online, estudei e nada foi fácil. Tenho me dedicado muito, mas uma coisa posso dizer, é muito bom ver esse projeto tomando forma e crescendo.

O blog Mãe2Mom foi lançado no final de junho de 2018, ainda é um bebê! Quer saber mais sobre como surgiu o blog? Clique aqui!! 

Estou deixando as coisas fluírem e ao invés de ficar tentando descobrir a minha carreira ideal ou o meu propósito, deixar que isso aflore ao mesmo tempo em que contribuo da maneira que posso com outras pessoas.

Em tão pouco tempo, tem sido muito gratificante poder fazer parte da vida de outras famílias e ajudar outras mães que muitas vezes estão vivendo o mesmo momento que eu e só precisavam saber que não estavam sozinhas.

Tenho feito amigos, escrito o que tenho vontade, recebido depoimento de pessoas que estão sendo motivadas pelas minhas receitas, conversado com mães que se viam sem alternativa de trabalho a pensarem que é possível sim, mas que é necessário dar um passo de cada vez.

Abaixo relaciono algumas dicas e reflexões que me ajudaram e espero que também possam te ajudar nesse caminho de descobrimento.

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Dicas / reflexões para te ajudar nessa jornada

1) O processo de mudança é contínuo; nada é igual, nem os dias são vividos da mesma forma. O primeiro passo é estar aberta à mudança. Muitas vezes pensamos que estamos e que somos pessoas com bastante flexibilidade, mas no fundo, colocamos obstáculos em tudo que represente uma mudança.

2) Empreender nem sempre é a solução. Cuidado com o romantismo que se vende por aí de que empreendedorismo hoje é a solução de todos os problemas. Sim, você tem mais flexibilidade de tempo, mas não necessariamente mais tempo! É preciso trabalhar e muito até ver algum resultado.

3) Trabalhar com propósito não significa ter que deixar o seu trabalho atual. O propósito não te garante nada, não faz você ter mais sucesso, trabalhar menos e também não te transforma em um ser iluminado. Trabalhar com propósito traz mais leveza, inspiração, desejo de fazer, de transformar.

4) Não sofra se você não sabe qual é a sua paixão, faça tudo com amor e vá compondo a sua colcha de retalhos, uma hora tudo fará sentido! Leia também: 30 Perguntas Que Ajudarão A Identificar O Negócio Perfeito Para Você! Trabalhe Com O Que Ama!

5) Já parou para pensar onde é que você se encaixa nesse mundo? Como pode ser útil? Daí poder surgir uma oportunidade de encontrar significado.

6) Angústia é sinal de que algo está errado. Pare e dê ouvidos; a inspiração pode até vir do externo, mas transformação, essa vem de dentro!

7) Procure focar no momento presente. Tente olhar para as pessoas e o mundo exterior com uma outra lente. Vá trocando as lentes como faz um fotógrafo… observe as roupas, o hábito, o comportamento, imagine as motivações…

8) Encontre nos filmes e livros grandes fontes de inspiração! Principalmente para mamães de crianças pequenas, é difícil encontrar tempo para ler ou ver um filme. Procure encontrar pequenos momentos em que possa fazer isso, nem que sejam 5 minutos por dia.

9) Procure um mentor. Encontre alguém que possa te guiar e fornecer conselhos, que te ajude a enxergar perspectivas, mas as decisões são suas! Aprenda com o mentor, mas não copie seu mentor; faça do seu jeito!

10) Encontre apoio em você mesma! É muito bom quando há apoio, seja do parceiro, dos amigos ou da família, mas isso não deve ser uma condição para que você se movimente. Encontre força e apoio em você, afinal, essa é a sua jornada, não a deles.

11) Reinventar-se não está ligado a dinheiro. Dinheiro não deve ser sua motivação principal e nem o que te impede de dar os primeiros passos. Existem inúmeras alternativas, basta pensar um pouco fora da caixa… você pode iniciar um processo de mudança enquanto está no emprego atual, pode iniciar algo do zero começando com os recursos que tem… lembre-se, ‘baby steps’, que significa dar passos de bebê, ou seja, você começa dando passos pequenos antes de começar a correr! Leia também: Trabalhar Em Casa Com Empreendedorismo Digital

12) Liberte-se das imposições da sociedade e das suas também. Muitas vezes, somos mais cruéis conosco do que as pessoas ao nosso redor. Lembre-se que muita coisa está enraizada. Reflita o que realmente é importante na sua vida e procure ter isso em mente.

Conclusão

Continuo em processo de mudança e transformação até chegar o dia em que tudo fará sentido. No momento, faz muito sentido o lugar que me encontro, mas já perdi a conta de quantas vezes me reinventei e aprendi com isso a aceitar a mudança como certa e tudo bem.

No final, a vida é uma grande colcha de retalhos e você não tem nada a perder ao se reinventar quantas vezes forem necessárias até chegar ao lugar que sempre te pertenceu, a sua melhor versão.

Cabe a você decidir todos os dias por avançar ou recuar.

Palestras, livros, cursos online, e-books, produtos para mamães e bebês… as opções e caminhos que essa nova carreira tem me aberto são inúmeras e para quem se viu tantas vezes completamente sem opção, hoje me vejo sem tempo para colocar tantas ideias e projetos em prática.

Me conta como tem sido a sua jornada até agora. Você gosta deste tipo de tema? Deixe um comentário, vou adorar saber um pouco mais de você.

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Trabalhar em casa é cada vez mais a realidade de muitos profissionais. Seja como colaborador de uma empresa, um freelancer ou um consultor, o número de pessoas fazendo home office só aumenta.

Neste artigo, vamos focar em pessoas que optaram por trabalhar de casa tornando-se empreendedores digitais.

Com o avanço da tecnologia e o aumento do número de compras feitas pela internet, cresce diariamente o número de negócios digitais. Você consegue pensar a sua vida hoje sem internet?

Eu não! Uso a internet para absolutamente tudo, para fazer pesquisas, para ajudar a organizar a minha rotina, ler sobre produtos e principalmente para fazer compras.

Por trás de tudo isso, tem um negócio, uma empresa e tem o marketing digital.

Trabalhar em Casa – Conceitos de Marketing Digital

O QUE É MARKETING DIGITAL?

Entender esse conceito, é fundamental para quem quer trabalhar em casa com empreendedorismo digital. Se você parar para pensar, o marketing digital revolucionou completamente o processo de vendas.

Segundo o site Wikipédia, “Marketing digital são ações de comunicação que empresas podem utilizar por meio da internet, da telefonia celular e outros meios digitais, para assim divulgar e comercializar seus produtos, conquistando novos clientes e criando uma rede de relacionamento.

Antigamente tomávamos conhecimento de um produto pela televisão, outdoors com modelos ou artistas famosas, revistas físicas ou pelo rádio.

Hoje em dia, buscamos informação na internet para tudo. As revistas são digitais; as nossas referências não são somente as modelos de capa de revista. São pessoas comuns que se tornaram formadoras de opinião, os famosos ‘digital influencers’.  

DIGITAL INFLUENCERS??

Digital Influencers ou influenciadores digitais são pessoas que através da construção de relacionamento com seus seguidores em redes sociais e blogs alcançam altos números de seguidores e passam a influenciar suas decisões de compra e de consumo.

Hoje em dia, torna-se cada vez mais comum as pessoas buscarem o ponto de vista de influenciadores digitais antes de adquirirem um produto ou serviço.

As empresas têm percebido inclusive, que uma pessoa com grande número de seguidores pode influenciar mais até que uma campanha publicitária.

Se a marca encontra o influencer ideal, ela terá ali centenas ou milhares de seguidores no público alvo do seu produto ou serviço.

Influencers estão contribuindo e muito com a alavancagem do empreendedorismo digital e com a transformação do marketing digitial.

MAS, O QUE É EMPREENDEDORISMO DIGITAL?

Empreender é levar soluções para os clientes. Seja um produto ou serviço, o objetivo é gerar lucro trazendo valor e inovação para a vida do cliente.

O empreendedorismo digital, é um negócio que funciona online, principalmente na internet. A maioria dos processos é realizada neste ambiente.

Antes de começar a pesquisar sobre o assunto, eu ainda tinha a mentalidade que empreender implicava em ter um alto capital inicial, ter um ponto, ter um produto ou criar um serviço e se envolver com uma burocracia de documentos. Mas as formas de empreender hoje em dia são muito variadas.

VOU TE MOSTRAR ALGUMAS IDEIAS DE NEGÓCIOS DIGITAIS PARA QUEM QUER TRABALHAR EM CASA…

1-      Loja Virtual

O chamado e-commerce é uma crescente no mundo todo. Acredito que este seja um dos modelos mais antigos de negócios online. Criar um e-commerce hoje é muito mais simples do que antigamente. Existem alguns sites como o Site Shopify e o Uol Loja Virtual, que você pode pagar um plano mensal e ter a sua própria loja virtual. Você só precisará cadastrar os produtos e começar a divulgar para vender.

2-      Venda de produtos nas redes sociais

Tem muita gente ganhando dinheiro divulgando e vendendo produtos nas redes sociais; você encontra de tudo, artesanato, joias, roupas, livros, review de produtos, comida saudável, doces, brinquedos, etc. 

Exemplos de Negócios para Quem Quer Trabalhar em Casa – E-commerce

3-      Afiliado de Produtos Digitais:

Um afiliado de produtos digitais, promove produtos digitais que outras pessoas já criaram e ganha uma comissão sob a venda. Exemplo de produtos são: cursos, e-books, palestras em vídeo, softwares, aplicativos… produtos em geral, criados e consumidos pela internet. A Hotmart, a Eduzz e a Monetizze são algumas das plataformas mais conhecidas de venda de produtos digitais.

4-      Blog: produção de conteúdo para uma audiência e ganhar dinheiro com a divulgação de anúncios, venda de espaços publicitários, de produtos físicos (seus ou de outras empresas), ou produtos por afiliação (produtos físicos ou digitais em que você ganha uma comissão após a venda).

5-      Criar um produto digital: você tem algum conhecimento que poderia passar para outras pessoas? Você pode transformar isso em um curso online, gravar videoaulas, escrever um e-book. Com o produto criado, você pode cadastrar em uma plataforma digital tipo a Hotmart, a Eduzz e a Monetizze e vender por lá.

6-      Freelancer: você adora escrever? É programador, tem conhecimentos em marketing ou em design gráfico? Você pode oferecer seu trabalho como freelancer. Nos sites Workana, 99Freelas e  Freelancer, você encontra diversas opções de trabalhos remotos e de freela.

Estas são só algumas ideias bem gerais; basta começar a pesquisar e você vai ver que as opções de negócios para trabalhar em casa pela internet são inúmeras.

EMPREENDEDORISMO DIGITAL É UMA TENDÊNCIA?

Certamente existem menos barreiras para começar. Você não precisa de altos investimentos para entrar, de uma formação específica, ter uma idade mínima/máxima ou experiência anterior.

O negócio tem alta escalabilidade. Um curso online pode ser vendido para 10, 10.000 alunos ou muito mais do que isso.

Alta flexibilidade! Este é um dos grandes atrativos para pessoas de várias idades e estágios de vida. Você tem flexibilidade de fazer seus próprios horários de trabalho e escolher o local de onde trabalhar.

O que não implica que você trabalhará menos ou que será menos profissional por causa disso.

MAS NEM TUDO SÃO FLORES!

Trabalhar em Casa – Nem tudo é como parece….

Existem muitas promessas por aí vendendo que empreendedorismo digital é fácil, com zero investimento e que você ganha dinheiro rápido.

Vender na internet não é fácil. Não é simplesmente criando um blog ou um canal no YouTube que você ficará rico. A concorrência é sim muito grande.

O investimento inicial pode ser menor do que montar um negócio tradicional, mas requer sim algum investimento.

E quanto a ganhar dinheiro rápido… tudo depende que tipo de negócio você quer construir.

Você terá mais flexibilidade, não necessariamente mais tempo.

Assim como existem muitas histórias de sucesso, existem muitas outras de fracasso. É preciso persistir!

São muitos os detalhes envolvidos e se você quer criar um negócio sustentável que dê resultados a longo prazo, é importante definir o nicho, fazer um plano de negócios, entender do negócio, aprender técnicas de marketing, mídias sociais e estratégias aplicadas a negócios digitais.

Me decidi, quero trabalhar em casa! Como posso me tornar um empreendedor digital?

Trabalhar em Casa: Por Onde Começar?

Você vai precisar de: capacitação, dedicação, persistência, profissionalismo e muito estudo!!

A primeira coisa que fiz quando tomei a decisão, foi buscar capacitação. Pesquisei muito e optei pelo curso Fórmula Negócio Online do Alex Vargas. O Alex é referência neste mercado. Ele está há mais de 12 anos trabalhando com negócios digitais e o fórmula é um dos treinamentos mais vendidos para quem quer começar um negócio digital do zero.

São 17 módulos, mais de 200 aulas e muitas horas de treinamento. Sem contar a lista de bônus que já vale como uma especialização.

PONTOS POSITIVOS:

1-      É um curso prático!

Este é um treinamento para quem está começando absolutamente do zero. A cada módulo, você vai evoluindo em conhecimento e ao mesmo tempo dando os primeiros passos para criar o seu negócio. Você não precisa e não deve assistir ao treinamento inteiro para só depois começar a agir.

Eu ainda estou fazendo o curso, estou seguindo as recomendações e avançando etapa por etapa. O Fórmula tem uma coisa que eu amo, é super prático!! Ou seja, à medida que você aprende os conceitos e ferramentas, automaticamente os coloca em prática e vai vendo o seu negócio sair do papel. 

E se ao colocar em prática você tiver alguma dúvida, pode voltar e reassistir as aulas quantas vezes forem necessárias.

2- Você pode fazer o curso e avançar nos módulos de acordo com a SUA disponibilidade      

Se você ainda está trabalhando e quer começar um negócio online, se você tem que dividir o seu tempo com os cuidados dos filhos ou ainda se está desempregado e tem muita pressa, não importa.

Você faz o treinamento no seu ritmo e no tempo que pode.

No meu caso, com um bebê pequeno e tendo que fazer tudo em casa, eu não tenho muitas horas livres; aproveito a soneca da tarde ou à noite quando ele dorme e tem funcionado bem.

É claro que a vontade é mergulhar de cabeça, passar horas dedicadas ao curso e colocar tudo em prática, mas sempre que baixa uma frustração pela falta de tempo, eu lembro a mim mesma a razão por estar fazendo isso que é poder me realizar profissionalmente tendo tempo para os meus filhos. Então, nada de desmotivar, pelo contrário!  

3-      O treinamento se mantém atualizado

Na internet tudo é muito dinâmico e o curso se mantém 100% atualizado.

4- Equipe de Suporte      

Se você tem alguma dúvida / dificuldade, eles possuem uma equipe de suporte  para responder dúvidas e comentários.

5- Um treinamento completo!

Os módulos vão desde pesquisa e validação de mercados, até como criar um site, desenvolver conteúdo de qualidade, estruturar e-mail marketing, tráfego SEO, mídias sociais (Facebook, Instagram e YouTube), até a criação e venda de produtos digitais.   

6- Material e Ferramentas de Suporte     

Em cada um dos módulos, o Alex é super didático. Ele dá dicas, mostra o passo a passo para executar uma ação, cita exemplos de sites, plugins e aplicativos e literalmente vai te guiando por todos os passos. Fora todas as informações transmitidas em aula, ainda há um material complementar disponível aos alunos.

Para assistir a um vídeo do Alex Vargas falando do treinamento e conhecer mais sobre o Fórmula Negócio Online, como adquirir, preço, etc, clique na imagem abaixo.

Cada um destes assuntos daria um livro, ou um e-book para estar mais em sintonia com o mundo digital… ?. Estou adorando aprender mais sobre empreendedorismo digital e ficando cada vez mais fascinada com as possibilidades de negócios e ganhos com a internet. 

Ainda vamos falar bastante sobre isso por aqui!

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Se você está interessado no assunto,  aqui vai a dica final… caso você ainda não tenha lido, sugiro que dê uma olhada nos seguintes artigos:

• 30 Perguntas que Ajudarão a Identificar o Negócio PERFEITO para você
• Empreendedorismo Materno: 8 Dicas para Mães que Desejam Empreender
• Dilemas: Maternidade x Carreira – Como eu Cheguei ao Empreendedorismo Digital

Ficou com alguma dúvida? Há algo que eu possa te ajudar? Deixe sua pergunta aí embaixo nos comentários que eu respondo com todo prazer!

Um abraço!!

Lú

Trabalhe com o que ama!! Esse é o título deste artigo, mas é também o sonho de muita gente! Quer não quer passar a maior parte do seu dia fazendo o que ama? E se você ainda não tem o negócio perfeito em mente, provavelmente está se fazendo as seguintes perguntas: Que negócio abrir? Como descobrir que negócio é perfeito para mim? Aproveite este momento e trabalhe com o que ama!

Olhar para dentro de si e tentar enxergar o que faz a alma pulsar é um indicativo do caminho a ser seguido. A maternidade nos transforma, desconstrói aquela mulher anterior e reconstrói uma mulher nova que muitas vezes não se reconhece. É um momento de autoconhecimento onde muitos sentimentos até então adormecidos por anos, vem à tona e novos talentos, gostos e habilidades também se desenvolvem.

Acredito que o primeiro passo é se perguntar por que você quer ter um negócio próprio. Qual é a sua principal motivação? Você tem uma ideia brilhante? Você está cansada do seu trabalho e quer tentar um negócio próprio? Você está desempregada e precisa ajudar a renda da família?

Não importa quais sejam as suas motivações, é imprescindível que elas estejam claras para você.

No meu caso, eu sabia que queria fazer algo que tivesse mobilidade e que pudesse fazer de casa ou de qualquer lugar que fosse. Eu não sabia o que, mas esse aspecto mobilidade, estava bem claro para mim. Isso já me fez eliminar uma série de possíveis opções como abrir um restaurante, montar uma loja, um salão de cabeleireiro ou qualquer coisa que fosse vinculada ao bairro, cidade ou país onde vivo atualmente.

Ter essa clareza, me ajudou a focar a busca por negócios globais, que pudessem ser feitos de forma remota.

Na sequência, separei uma lista de perguntas para você fazer a si mesma que vão te ajudar a ter mais clareza…

Trabalhe com o que ama!! Comece por se conhecer… saiba o que te move, quais são suas paixões…

AUTOCONHECIMENTO – Para se empoderar, é preciso se conhecer e isso é algo que só depende de você

1)  Escreva 5 coisas que você adora fazer (podem ser coisas pessoais, como ler um livro ou coisas que você gosta e faz bem, como cuidar de crianças, por exemplo).

2)  Escreva 5 coisas que você odeia fazer (coisas que você não faz bem ou que simplesmente não gosta de fazer).

3)  O que tem importância para você hoje?

4)  O que te inspira?

5)  Quem te inspira? Quais características dessa pessoa que te inspiram?

6)  O que te empolga?

7)   O que te tira do sério?

VALORES – É fundamental entender o que te move e o que é realmente importante para você

1)  Quais são as coisas mais importantes para você hoje?

2)  Em ordem de importância, quais valores têm guiado as suas decisões na vida?

3)  O que você gostaria que fizesse mais parte da sua vida hoje?

4)  Quais foram seus momentos de grande alegria e tristeza?

5)  O que você não vive sem?

6)  O que você dispensaria facilmente?

7)  O que é inaceitável para você?

PAIXÕES – Entenda o que faz o seu coração bater mais forte e seus olhos brilharem

1)  O que você faz por horas que nem percebe o tempo passar?

2)  Quais são seus assuntos preferidos?

3)  Que tipo de livros gosta de ler?

4)  Que tipo de site você gosta de visitar na internet? O que você gosta de ver neles?

5)  O que você faz com amor e poderia fazer para o resto da vida?

6)  Qual assunto que se pudesse, você ficaria falando por horas?

7)  Qual é o seu sonho?

TALENTOS e HABILIDADES – Pense em seus talentos como coisas que você faz muito bem e habilidades, o que você sabe fazer ou tem conhecimento sobre

1)  O que você faz sem grande esforço que te faz sentir muito bem?

2)  O que é fácil e natural para você?

3)  O que você faz, que as outras pessoas admiram?

4)  O que as pessoas pedem para você fazer ou ensinar para elas?

5)  Em uma conversa com uma pessoa que te conhece bem, o que ela diria que você faz melhor na vida?

6)  O que te deixa absorvido por horas, que você nem vê o tempo passar?

NO TRABALHO – Pense agora no seu emprego atual ou em experiências passadas

1)  Escreva 5 coisas que você adora fazer;

2)  Escreva 5 coisas que você odeia fazer;

3)  O que as pessoas mais elogiam em seu trabalho?

4)  O que as pessoas mais criticam em seu trabalho?

Leia suas anotações e procure estabelecer padrões e conexões (1). Você verá que ideias começarão a brotar; vá fazendo uma lista de possíveis negócios e ao final verifique quais deles estão relacionados com a sua principal motivação (2). 

Por exemplo: você odeia ficar na frente do computador e gosta de estar em contato com pessoas, mas contato físico. Você odeia contatos por e-mail ou por telefone. Será que negócios como e-commerce ou empreendedorismo digital que são baseados em conectividade digital seriam indicados para você?

Depois que você fizer um primeiro filtro na sua lista, é hora de começar a conversar com pessoas, fazer pesquisas na internet, verificar se já existem negócios como os que você listou e onde seria desenvolvido (é preciso ter um ponto? / pode ser feito de casa?). Identifique a demanda e o público alvo. Existem pessoas interessadas no produto/ serviço que você está pensando em oferecer (3)? 

Todo esse processo vai fazer com que você revise a sua lista, adicione novas ideias ou adapte algumas delas. Conforme você for avaliando a sua lista, vá riscando as opções que você identifica que não são para você (4). 

Para mim, esse processo inicial levou um bom tempo. Eu gostava de muita coisa e toda hora mudava de ideia. Sabia que gostava de escrever, de estar em contato com as pessoas e de poder ajudar, ser útil para alguém. Mas isso é muito amplo.

O importante é agir, dar os primeiros passos!

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Precisa de uma pausa para um café?

Ser dona do próprio negócio implica em navegar por diversas áreas, finanças, compras, administração, RH, vendas… ah, Lú! Mas não sou boa com números e planilhas!! Muitas vezes com a lista de grandes ideias, vem a lista de coisas a fazer para realizar esse sonho que nos parece inalcançável fazendo com que encontremos desculpas (que damos à nós mesmas), para procrastinar um sonho, cair em um mar de desculpas esperando o momento ideal ou até que tudo esteja perfeito para agirmos.

 Esse momento perfeito não chega nunca; sempre haverá desafios e obstáculos. Mas é preciso começar!

“Escolha um trabalho que você ama e você não terá que trabalhar um dia sequer na vida” (Confúcio, filósofo).

Você vai encontrar algo que ame fazer, acalme seu coração e vá com calma. Aproveite esse momento para pensar um pouco sobre suas motivações e valores. Está tudo bem ter muitas dúvidas, achar que não gosta de nada ou que gosta de muita coisa ao mesmo tempo. Tudo isso faz parte!

Vamos descobrir juntas?

Um abraço,

Lu

—-> Conheça o Fórmula Negócio Online, treinamento indicado para quem quer ser tornar um empreendedor digital. Clique aqui!

Olá! Hoje estamos começando uma série aqui no blog para falar de empreendedorismo. Vou compartilhar um pouco da minha experiência, o que tenho feito até o momento e trazer assuntos relacionados ao empreendedorismo materno.

Empreender é a solução que muitas de nós encontramos para seguir financeiramente ativas e ao mesmo tempo estar mais perto da família.

Os motivos pelos quais mulheres decidem empreender são os mais diversos; algumas são empreendedoras desde sempre, nunca cogitaram seguir uma carreira corporativa. Outras, optaram pela dedicação integral aos filhos e quando já estavam crescidos e criados, decidiram empreender. Há ainda o grupo de mulheres que devido à falta de flexibilidade no ambiente corporativo, viram-se obrigadas a empreender para terem mais flexibilidade e manterem-se economicamente produtivas.  

Uma Carreira de Altos e Baixos e Muita Transformação

A minha carreira nunca foi o que se pode chamar de linear. Comecei a trabalhar aos 18 anos e assim que terminei a minha primeira graduação, aos 22 anos, resolvi empreender. Foram 5 anos que valeram mais do que anos de estudo. Neste período, fiz uma especialização e aprendi muita coisa. Amadureci incrivelmente! Mas, faltava algo. Larguei tudo e optei por viver uma carreira corporativa, não havia tido a experiência e era algo que me interessava. Fiz uma outra graduação, alguns cursos e especializações e fui em frente.  

Daí foram mais de 10 anos trabalhando em grandes empresas em seguimentos diversos. De varejo de moda a instituições financeiras. Funções e cargos distintos também, sem contar as várias vezes em que tive que me reinventar. Ao longo destes anos, veio uma mudança de país, dois filhos e muitos acontecimentos na minha vida pessoal que me levaram a nocaute e me tiraram do eixo completamente.

No fundo, todas essas experiências foram transformadoras. Eu buscava algo que não sabia bem o que era, mas que me trouxe onde estou hoje e ao olhar para trás, vejo que tudo estava relacionado.

Cansei de buscar o emprego dos sonhos e decidi largar o mundo corporativo para criar um trabalho com propósito, que eu pudesse fazer da minha casa ou de onde eu quisesse e que pudesse ser dona do meu tempo para me dedicar aos meus filhos. Mais uma vez, a minha vida pessoal influenciando as minhas escolhas de carreira. Meus filhos são a minha prioridade e resolvi abraçar o empreendedorismo materno.

No meu caso, a maternidade me colocou em ação. Iniciei uma nova jornada e dei os primeiros passos; é preciso começar! A cada passo dado, novas descobertas, você se reinventa e vai se sentindo mais forte e confiante.

Empreendedorismo Materno x Empreendedorismo Tradicional

Empreendedorismo Materno diferentemente do que muita gente pensa, não está relacionado ou pelo menos não é obrigatório que esteja, a vender coisas de criança, trabalhar com mães, pais ou filhos. Esse termo surgiu da necessidade de mães e pais que tiveram que largar seus empregos para cuidar dos filhos, ou foram demitidos e por opção ou não, resolveram empreender. Essa é a grande diferença para o empreendedorismo tradicional, o investimento é nos filhos, na família e na comunidade.

O Empreendedorismo tradicional já é um conceito antigo, trazendo soluções inovadoras para problemas gerais. É essencial nas sociedades transformando conhecimento em novos produtos, necessidades em soluções.

O empreendedorismo materno não está distante disso, com o diferencial que o empreendedor materno faz a diferença na sociedade encontrando soluções para problemas e mostrando que dá para ganhar dinheiro fazendo o que gosta e ainda tendo tempo para se dedicar aos filhos que permanecem como sua principal prioridade.

E se você está com a rotina preenchida pelos filhos, mas deseja empreender, aqui vão algumas estratégias e mitos do empreendedorismo materno:

 1)  Você não vai trabalhar menos

Pelo contrário, pode ser que você trabalhe até mais! Começar um novo negócio traz desafios de todas as ordens. É preciso investir tempo, estudo e planejamento. Estudar o mercado a ser explorado, os produtos/serviços a serem vendidos e acima de tudo, dar conta da casa e dos filhos; uma tarefa gratificante e ao mesmo tempo desafiadora.

 2)  Você não consegue fazer tudo sozinha

Você vai precisar de ajuda! Como mãe, você provavelmente quer estar envolvida em tudo que seja relacionado ao seu filho. Onde está a lancheira, qual é o trabalho a ser feito para a escola, etc.

Compartilhar algumas tarefas com o seu parceiro, com a babá, a sua mãe ou sogra, vai fazer com que você consiga ter algum tempo para se dedicar ao seu negócio e passar tempo de qualidade com o seu filho.

Mães precisam de ajuda e ao empreender, você passará a acumular várias funções do seu negócio… administradora, finanças, marketing, relacionamento com clientes, sem contar ser mãe, esposa, mulher, filha…

Além de contar com apoio em casa e com os filhos, você pode pensar também em suporte logístico para o seu negócio, em redes de apoio às mulheres empreendedoras ou na figura de um mentor, por exemplo.

3)  Administração de tempo, organização e planejamento não são competências exigidas somente no mercado corporativo

Trabalhar em casa é complexo e requer muita disciplina e habilidade para organizar bem o tempo. Aprender a definir prioridades e a organizar as tarefas em ordem de importância, vai te ajudar a ganhar mais tempo para organizar as suas tarefas.

Mães tem a tendência de quererem o perfeccionismo em tudo. Uma vez que você cria uma lista de prioridades, certas tarefas menos importantes precisam ficar em segundo plano.

Se você trabalha na hora que seu filho está dormindo, tenha foco. Essa não é hora de lavar a louça, de ligar para a sua amiga ou de ficar nas redes sociais. Isso só vai dar a sensação de que seu dia não rendeu e gerar mais estresse.  

4)  Aprenda a se organizar na cozinha

Escolha um dia na semana para planejar as refeições da semana. Reserve um tempo para lavar, cortar, cozinhar e congelar algumas das refeições da semana, ou pelo menos itens principais que possam facilitar um preparo rápido.

Depois de se acostumar com essa rotina de preparo de refeições, você sempre terá uma refeição saudável pronta em poucos minutos e terá diariamente mais tempo para dedicar a outras tarefas mais relevantes.

5)  Networking não é perda de tempo!

Uma vez que você decidir que quer ter um negócio próprio, comece a se conectar com pessoas da área, com potenciais parceiros e com o seu público alvo.

 6)  Empreendedorismo materno não é desculpa para falta de profissionalismo

A sua falta de tempo, o número de filhos que você tem ou a sua rotina pesada não são desculpas para justificar falhas ou falta de profissionalismo. Isso não interessa aos seus clientes. Vá com calma, se organize e não abrace mais do que você dá conta no momento. Para conquistar a confiança dos clientes e do mercado, é preciso ser profissional e algumas vezes também saber dizer não.   

7)  Não saia atirando para todo lado

Você só vai perder tempo e se frustrar. Procure encontrar o seu caminho antes de começar. Reflita sobre suas paixões, valores, talentos e habilidades. Aproveite a oportunidade para fazer o que gosta e se realizar.

 8)  Seja tolerante e paciente com você mesma

Permita-se viver uma curva de aprendizado. Erros acontecem e são parte inevitável do processo. Seja generosa com você e aprenda a respeitar o tempo das coisas. Se você optou pelo empreendedorismo materno, seus filhos são sua prioridade. As coisas acontecerão aos poucos e está tudo bem.

Como mãe o seu dia a dia já é preenchido de uma série de tarefas e afazeres. Estabeleça pequenas conquistas para o seu negócio. Isso fará com que você avalie seu progresso e mantenha-se motivada. Adapte a sua estratégia de negócio à medida que você avança. Há um outro artigo aqui no blog que pode te ajudar nesse processo, clique aqui para ler. 

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Sucesso nessa nova jornada!

Estamos juntas!!

Com carinho,

Lú